A plenária aprovou em reunião que do Castanhão será transferido para a Região Metropolitana de Fortaleza em torno de 0,8 m³/ s

Com objetivo de avaliar a operação para o 2°semestre de 2017 para os reservatórios do sistema de perenização dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú, foi realizada a XXIV Seminário de Alocação das Águas, no dia 14 de junho, no município de Iguatu.A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) apresentou aos membros dos Comitês do Alto, Médio e Baixo Jaguaribe, Banabuiú, Salgado e Metropolitanas os dados técnicos do açude Banabuiú que se encontra com 0,75% de sua capacidade, do açude Orós, com 10,24% de sua capacidade, e do açude Castanhão, com 5,48% de sua capacidade.

A chefe do Núcleo de Meteorologia da Funceme, Meire Sakamoto, fez uma análise da quadra chuvosa de 2017. “Esta estação chuvosa foi a melhor dos últimos anos, no entanto, ainda não foi suficiente para permitir a recarga dos grandes reservatórios do Estado. Conforme previsto pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em janeiro, o estado do Ceará teve chuvas em torno da média, considerando o estado com um todo. Como indicado naquela ocasião, o Centro-Norte recebeu mais chuvas do que o Centro-Sul. Este fator mostrou irregularidade espacial na distribuição das chuvas, indicando prejuízo no aporte de água dos grandes reservatórios, Orós e Castanhão e Banabuiú”.

“Para 2018 é muito cedo falar em previsão. O Oceano Pacífico, atualmente, vem mostrando uma possibilidade de águas mais aquecidas do que o normal, caracterizando um El Nino para o final de 2017. Este aspecto pode ser alterado ainda porque há um indicativo de que as águas comecem a esfriar”, relata Meire Sakamoto.

O secretário-executivo, Aderilo Alcantara, apresentou uma avaliação hidrogeológica qualiquantitativa de Iguatu e ressalta que esse estudo deve ser ampliado para chegar em todas as bacias do Ceará. “Não podemos sair prevendo poços sem conhecer a área. Com todo esse trabalho teremos um potencial de economia de água do Orós no plantio de alimentos e uma segurança hídrica maior. É um momento de escassez hídrica muito grande e o sistema está fazendo todo esse trabalho”, afirma.

O presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), João Lúcio Farias, relatou que as reservas do Ceará estão muito limitadas. “Vamos trabalhar dentro destas. Estamos levando essa preocupação para o Governo, para dar garantia ao abastecimento humano que é prioritário e manter todos as nossas atividades funcionando. Estamos atravessando um momento muito difícil e várias Secretarias estão trabalhando juntas, fazendo um levantamento dos impactos. O Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) tem acompanhado para opinar sobre essa situação”, disse João Lúcio Farias.

As vazões deliberadas na reunião foram: açude Orós (rio, transferência Feiticeiro e Lima Campos): 3 m³/s; açude Castanhão (conforme resolução do Conerh): Rio: 4,5 m³/s, Eixão: 3 m³/s, Perímetros de Irrigação – Tabuleiros de Russas: 0,95 m³/s e Jaguaribe Apodi: 1,1 m³/s, e Canal do Trabalhador: 0,15 para 0,20 m³/s; Transferência para Região Metropolitana de Fortaleza (RMF): Considerando o bombeamento de 3 m³/s na Estação de Bombeamento Castanhão e as retiradas para abastecimento humano (Morada Nova, Ibicuitinga e ao longo o Eixão); evaporação (Curral Velho e Canal); perdas trechos rochosos; perímetro Tabuleiro de Russas e outras pequenas retiradas a transferência para RMF seria em torno de 0,8 m³/ s.

 

 

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