No dia 12/07/2013, pela manhã, a Comissão Temática do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe, representada por Alcides Duarte (Jucás) e Paulo Landim (Orós), juntamente com o gerente regional da COGERH Iguatu, Raimundo Lauro, e o técnico da Cogerh, Bruno, se reuniram inicialmente no escritório da Estação de Bombeamento da COGERH, logo abaixo da válvula do açude Orós, onde é extraída três vazões: uma de aproximadamente 600 L/s para o canal Orós-Feiticeiro, uma outra de 300 L/s pela válvula para o rio e uma terceira pelas turbinas de 2.250 L/s para o rio, conforme informações colhidas dos agentes.
Logo após, a comitiva seguiu adiante percorrendo todo o trajeto do canal, somando um total de 3 km de adutora de 700 mm e mais 11,16 km de canal aberto de alvenaria.
Na visita foram registradas muitas fotos de vários pontos do trecho perenizado, especialmente nos pontos mais críticos, onde se encerram o canal aberto para entrar por uma parte fechada (adutora), onde é perceptível a presença marcante de macrófitas (plantas aquáticas) que comprometem a passagem normal da água pela rede, provocando em alguns pontos transbordamento e desperdício de água. Mas o gerente da Cogerh, Raimundo Lauro, informou que já estão acontecendo alguns estudos e testes para combater estas macrófitas, ao menos para amenizar a situação crítica, como por exemplo, a pintura das paredes internas do canal com uma tinta especial para torná-las mais lisas, a fim de que a passagem delas seja rápida e não dê tempo de se reproduzirem e se desenvolverem ao ponto de prejudicar o destino final do curso de água.
Ao todo são 11 pontos de Canal Aberto até o final do trecho canalizado, já na comunidade Canto do Juazeiro, em Jaguaribe. A partir deste ponto, o restante do trecho perenizado pelas águas do açude Orós até chegar no açude Joaquim Távora, no distrito de Feiticeiro, corre por um riacho a céu aberto sem condição de ter a inspeção, vigilância e controle que se tem durante todo o canal aberto. São 18 km de riacho até chegar na comunidade de Feiticeiro e atender seu destino final.
No trecho canalizado há alguns usuários outorgados que usam água de forma controlada e inspecionada. Contudo, a crítica feita pelo representante da Comissão, Paulo Landim, direciona-se a sua preocupação em retirar essa água do açude Orós sem que haja o real controle da água retirada, pois quando chega no riacho, o desperdício e o uso clandestino e aleatório ocorre sem parâmetros, sem controle.
Assim, apresentamos este relatório da visita técnica ao canal Orós-Feiticeiro para que todos os membros do CSBHAJ tome conhecimento. E é importante ressaltar que a vazão média aprovada para liberação por esse canal do açude Orós, na reunião de alocação dos Vales em Jaguaribe foi de 900 L/s.
Por Alcides Duarte, com contribuições de Raimundo Lauro (informação de dados).

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