Ação foi iniciativa do Agente de Guarda e Inspeção de Reservatório (AGIR), apoiada pela Cogerh
O Açude Mamoeiro, em Antonina do Norte, começou a sangrar pela 1ª vez desde sua construção, em 2012, rendendo belas imagens e alegria à sub-bacia do Alto Jaguaribe. A sangria ficou ainda mais bonita após um mutirão de limpeza feito no reservatório por um grupo de pescadores esportivos, durante o mês de abril.
Marcelo da Silva, Agente de Guarda e Inspeção de Reservatório (AGIR) do Açude Mamoeiro e colaborador da Cogerh, observou que, em meados de abril, o aporte de água aumentou e os resíduos sólidos às margens do açude entraram na água.
A partir das vistorias semanais a barco e da prática de pesca esportiva, o AGIR notou grande quantidade de lixo flutuando na água e começou a recolher o material para preservar o açude.
Nos finais de semana, a barragem recebia pescadores de municípios próximos, como Jucás, Juazeiro e Nova Olinda, que foram incentivados por Marcelo a abraçar a causa ambiental e a limpar os resíduos do local. Em duas semanas, com o esforço coletivo, o açude já estava praticamente limpo.
“Estou há 11 anos aqui e todo ano eu fazia esse trabalho sozinho. Mas, esse ano, para conscientizar outras pessoas, contei com a ajuda de outros pescadores. Nós estendemos essa campanha agora para jusante (abaixo) do vertedouro com banhistas que têm vindo após a sangria que podem acumular lixo. Está tudo sendo recolhido e dado o destino certo. Hoje, nesse local, você não vai encontrar nem um papel de doce“, afirmou o AGIR.
“Preservar o meio ambiente só custa alguns minutos de cada um de nós para colaborar. Temos uma turma de 12 caiaqueiros que pescam na barragem e, depois que o Marcelo conversou conosco, fizemos e continuamos fazendo, em toda pescaria, uma limpeza mais profunda, dando nosso melhor”, comentou Rodrigo, um dos pescadores engajados na ação.
O projeto da Gerência Regional da Cogerh de Iguatu é de levar esse exemplo para outros açudes da região, incentivando os AGIRs a trabalharem em conjunto com a comunidade de pescadores locais para evitar a poluição dentro e no entorno dos reservatórios.