Mal começou a temporada invernosa no Ceará e o primeiro desastre já acontece. A parede provisória de piçarra que barrava o Rio Faé, na cidade de Quixelô, localizada na região Centro-Sul, não suportou as primeiras chuvas que banharam o município recentemente.

Ontem, pela manhã, a força das águas provocou o arrombamento da parede improvisada e destruiu pela frente um rastro de destruição: duas passagens molhadas e uma cratera entre o asfalto e a ponte rodoviária na CE 375, que dá acesso ao centro urbano. Há risco de a ponte ceder em caso de ocorrência de fortes chuvas.

A destruição da parede da Barragem do Quixelô, uma obra improvisada e provisória de piçarra, era um fato anunciado. Na edição de 19 de julho passado, o Caderno Regional do Diário do Nordeste publicou reportagem sob o título ‘Moradores esperam por nova barragem’, em que mostrou a necessidade de reconstrução urgente da obra que havia sido danificada pelas fortes chuvas caídas no primeiro semestre de 2011. Entretanto, nada foi feito. Resultado: ocorreu nova destruição e a situação agravou-se.

A obra de colocação de piçarra foi realizada em caráter emergencial e provisório pela Prefeitura de Quixelô um pouco antes do fim da quadra invernosa com o objetivo de assegurar o acúmulo de água, mesmo em quantidade reduzida, na barragem. A obra era necessária para manter o lençol freático elevado e garantir o abastecimento de água da cidade que é feito a partir de poços tubulares localizados no entorno do Rio Faé.

O prefeito de Quixelô, Gilson Araújo, lamentou o ocorrido. “Poderia ter havido uma tragédia”, disse. “Fizemos uma obra paliativa e o governo do Estado não fez nada até agora, zero”. Hoje, o prefeito permaneceu o dia em Fortaleza para apresentar novas reivindicações à Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e ao Departamento de Edificações e Rodovias (DER). “Esperamos que o governo seja sensível a essa situação”, disse. “Essa barragem precisa ser reconstruída com urgência”.

Do DN Centro Sul

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