A política de recursos hídricos reservará, em projetos regionais que atendem ao Ceará e àqueles exclusivos para o Estado, valores da ordem de R$ 5,6 bilhões. Deste montante, somente a primeira fase do Cinturão das Águas, empreendimento que prevê garantir a segurança hídrica a 92% da população cearense, tomará R$ 1,23 bilhão até 2014. A obra está em ação preparatória.
Em outubro último, os governos estadual e federal assinaram o termo de compromisso para o financiamento da primeira etapa, que vai de Jati a Cariús, na região Sul do Estado, em um percurso de três mil quilômetros. O Cinturão será constituído de um conjunto de canais e adutoras, partindo de um canal principal que margeará a Chapada do Cariri, aproximadamente no sentido leste-oeste, para, depois, com diretriz sul-norte, atravessar as bacias do Alto Jaguaribe e Poti-Parnaíba, atingindo a bacia do Acaraú, totalizando aproximadamente 545 quilômetros.
Concluídos
Dos recursos do PAC 2, três projetos já estão concluídos: as barragens Riacho da Serra, em Alto Santo, e Missi, em Miraíma, e o trecho IV do Eixão das Águas. Com de 33,8 quilômetros de extensão, o trecho dará vazão às águas transferidas da Barragem Castanhão, no Vale do Jaguaribe, passando pelos municípios de Pacajus, Cascavel, Horizonte, Itaitinga e Pacatuba onde se situa o complexo de reservatórios composto pelos açudes Pacajus, Riachão, Pacoti e Gavião.
O trecho V, o último do projeto e que levará as águas ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), conta com recursos de R$ 90 milhões para sua conclusão. O PAC 2 também prevê a conclusão de três perímetros irrigados no Estado, todos atualmente em obras: Araras Norte (Etapa II), Baixo Acaraú (Etapa II) e Tabuleiro de Russas (Etapa II), totalizando R$ 184 milhões até 2014.