A Comissão Gestora do Açude Benguê e os membros do Comitê da Sub-bacia do Alto Jaguaribe, se reuniram, na sexta-feira (15), junto à Cogerh, para a validação do Plano Proativo de Gestão de Secas do Hidrossistema Benguê.
Na ocasião, Alan Michel, professor da Universidade Federal do Ceará de Crateús, abordou as fases de construção do documento, que busca criar, a curto prazo, instrumentos para diminuir os impactos da seca, considerando demandas e ofertas existentes em cada contexto regional.

O reservatório, localizado no município de Aiuaba, é usado para abastecimento humano e pereniza um trecho de 17 km do riacho Umbuzeiro até a comunidade São Nicolau.
Foram discutidos os níveis de racionamento com base nos diferentes usos da água, como abastecimento humano, usos múltiplos e usos difusos. O plano estabelece a divisão entre usos prioritários e não prioritários, com vistas à adoção de medidas mais eficientes durante períodos críticos.
Durante reuniões com os usuários do açude, quatro cenários de situação foram definidos para liberação de água: normal, alerta, seca e seca severa.
Normal: 73 l/s
Alerta: 73 l/s
Seca: 48 l/s
Severa: 23 l/s
O Plano de Secas é um programa desenvolvido e coordenado pelo Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, via Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), e tem apoio institucional da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
Até o momento, o Ceará tem 11 planos concluídos (Patu, Fogareiro-Quixeramobim, Carnaubal, Jaburu I, Missi, Tejuçuoca, Trussu, Angicos, Ubaldinho, Arneiroz II e Riacho do Sangue) e oito em desenvolvimento (Mundaú, Cachoeira, Pedras Brancas, Santo Antônio de Russas, Castro, Pesqueiro e região do Acaraú).